segunda-feira, 10 de março de 2008

Modificações genéticas não provocam mais alergias

Um estudo pioneiro realizado em Portugal concluiu que a resposta alérgica do organismo humano é idêntica perante os alimentos modificados geneticamente e os convencionais, e que praticamente todos os portugueses já consumiram substâncias transgénicas. O estudo analisou a reacção alérgica de 134 indivíduos, sobretudo crianças, ao consumo de quatro tipos de milho e uma soja geneticamente modificadas. Estes cinco alimentos possuem três características geneticamente introduzidas: a resistência a insectos e a dois herbicidas diferentes. Recolheu-se em vários hipermercados os nomes de muitos dos produtos que contêm milho ou soja e questionou depois 106 pessoas, essencialmente crianças, sobre se já os haviam consumido alguma vez. Os dados obtidos neste inquérito foram depois cruzados com informação fornecida pelo Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), que analisa periodicamente a presença de transgénicos nos alimentos comercializados em Portugal. O cruzamento estatístico da percentagem de transgénicos presente nos alimentos com milho e soja fornecida pelo IBET (e não identificados comercialmente) e das respostas ao inquérito levaram à conclusão que quase 100 por cento das pessoas já comeu transgénicos, pelo que podia avançar com o resto do estudo. A fase seguinte da investigação foi obter amostras biológicas dos quatro tipos de milho e da soja a analisar, o que não se revelou tarefa fácil. Igualmente complicado, salientou a investigadora, foi conseguir uma empresa que transformasse esse material biológico em extractos proteicos que pudessem ser utilizados nos ensaios de avaliação do grau alérgico, e obter amostras das proteínas transgénicas puras e dos respectivos anticorpos, para funcionarem como comparadores.

Os extractos proteicos foram testados por via cutânea em 77 pessoas, entre crianças com alergia respiratória e alimentar (incluindo a alergia à soja e milho convencionais) e indivíduos com asma e rinite. Simultaneamente,analisou-se a resposta de 57 pacientes com historial de alergias alimentares aos alimentos convencionais, aos transgénicos e às proteínas transgénicas puras. Os resultados obtidos revelaram que a resposta alérgica dos indivíduos testados foi idêntica quer aos alimentos transgénicos quer aos convencionais. Ou seja, quem já possuía alergia ao milho ou à soja convencional manteve-a, no mesmo grau, relativamente às substâncias transgénicas, enquanto quem não a possuía, não a desenvolveu. Estes dados levam o estudo a concluir que as amostras de milho e soja testadas são seguras no seu potencial alergénico.


Fonte:

Opinião pessoal

Tal como já imaginava através do meu estudo sobre transgénicos para AP estes são até ver inofensivos para quem os consome. Os trangénicos são muito mais estudados antes de serem lançados no mercado que os produtos tradicionais, por isso, e com limitações eu digo sim aos transgénicos.

Alergia aos exames

Não é muito surpreendente que um exame muito importante na vida de um estudante possa provocar stress, no entanto, um estudo revela agora que este stress mental também afecta as defesas imunitárias dos estudantes, tendo particular efeito naqueles que sofrem de alergias.
Ao mesmo tempo que doenças provocadas por desregulações imunitárias, como a asma e as alergias, se tornam cada vez mais comuns no ocidente, há também a ideia de que as pessoas vivem vidas cada vez mais stressantes. Um estudo apoia estas suspeitas, reforçando a ideia de que há ligações importantes entre o stress mental e as complexas reacções físicas inflamatórias características das alergias.

De forma a entender qual a ligação entre o stress e as alergias, os investigadores verificaram de que forma um importante exame académico afectava a sensação de stress, os níveis hormonais ligados a esse estado, o sistema imunitário e a função pulmonar, em estudantes com e sem alergias.
Os testes extensivos foram realizados em duas ocasiões, primeiro durante um período de estudo calmo sem qualquer exame próximo, e mais tarde numa altura muito próxima de um exame importante. Do grupo analisado, 22 estudantes tinham febre dos fenos e/ou asma e 19 eram saudáveis.
Neste estudo ficou demonstrado, pela primeira vez, que um grupo de células fulcral no sistema imunitário humano, as células T reguladoras, aumenta desmedidamente em número em resposta ao stress mental. Estas células são um tipo de glóbulos brancos que controla a actividade de outras células imunitárias, e este aumento foi observado nos dois grupos de estudantes.
Os investigadores também demonstraram que as concentrações sanguíneas de um grupo de moléculas inflamatórias chamadas citoquinas, nos estudantes alérgicos, estava alterado para valores padrão comuns em inflamações alérgicas, durante a época mais próxima do exame, não se alterando nos estudantes normais.
De acordo com os responsáveis por este estudo, estas duas descobertas podem estar relacionadas. Há muitas indícios de que as células T reguladoras são disfuncionais em pessoas com alergias .Quando as pessoas ficam stressadas estas células aumentam em número e normalmente têm um efeito anti-inflamatório. Se em pessoas com alergia este sistema não funciona, isso poderá explicar o balanço alterado de citoquinas encontrado nos estudantes alérgicos.
Assim, estudantes com problemas alérgicos poderão ter de tomar medidas de forma a diminuir o stress durante as épocas de exames, de modo a que este não agrave as suas alergias.

Opinião pessoal
A noticia pode parecer estranhamas é verdadeira. O sistema imunitário ataca o stress como se de um doença se tratasse e as pessoas ficam doentes mesmo estejam expostas a pequenas quantidades dos agentes que lhes causam as alergias. Tal como já mostrei na notícia em que o enfarte cerebral pode causar estragos maiores devido ao sistema imunitário aqui acontece o semelhante. Aqui está a nossa desculpa para não ir aos exames- todos os asmáticos podem ficar em casa.

Estudo põe em causa necessidade de vacinação de reforço

A vacinação de reforço para doenças como o tétano, o sarampo ou a papeira pode estar a ser administrada desnecessariamente. A questão surge com a divulgação dos resultados de um estudo que detectou níveis elevados de anticorpos presentes no sangue dos pacientes que receberam a vacinação há anos, sugerindo que as actuais recomendações sobre a vacinação de reforço devem ser revistas.De acordo com o estudo a persistência dos anticorpos pode ser um indicativo de que as actuais recomendações sobre a frequência com que devem ser administradas as doses de reforço deveriam ser reanalisadas, visto que a protecção pode durar para toda a vida. A vacina do tétano, por exemplo, poderia ser administrada a cada 30 anos, em vez de o ser a cada 10 anos, como acontece actualmente. “Se continuarmos a melhorar as nossas vacinas, um dia poderemos vir a conseguir fornecer imunidade para toda a vida através de uma só vacina”, afirmou o mesmo responsável.Apesar do estudo ser uma boa ajuda as conclusões não são tão definitivas quanto parecem. Os autores do estudo analisaram 630 amostras de sangue de 45 pacientes. Em cada amostra foi analisada a taxa de decadência em anticorpos de vacinas para o sarampo, papeira, rubéola, varicela, vírus de Epstein-Barr e vírus do herpes causador da mononucleose.

Fonte:
http://www.farmacia.com.pt/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=5045

Opinião pessoal

As células de memória aparecem nesta notícia em grande. Algumas podem persistir até ao fim da vida, uma duração muito maior que qualquer outra célula existente no nosso organismo. Nas aulas aprendemos que elas sobreviviam no organismo muito tempo, mas tanto como nós é demais.

sábado, 1 de março de 2008

Proteína pode ser chave para controlar alergias

Investigadores descobriram que a activação de uma proteína, a Siglec-8, que está presente em algumas células imunes, poderá ser a chave para acabar com as reacções alérgicas que levam à asma.

A proteína Siglec-8, que se encontra na superfície de eosinófilos, basófilos e mastócitos, tem um papel importante nas reacções alérgicas, podendo parar o mecanismo normal destas células de libertar substâncias que causam reacções alérgicas.Estas células têm funções distintas, mas complementares. Enquanto os eosinófilos combatem agentes externos, como os parasitas, os basófilos e os mastócitos armazenam e libertam substâncias que são as responsáveis por comunicar com outras células do sistema imunitário para iniciar o combate.
Normalmente estas células mantêm o organismo saudável e livre de infecções, contudo, no caso de reacções alérgicas, as células evidenciam uma resposta intensa que demonstra ser mais prejudicial do que útil para o organismo.

Em estudos anteriores, descobriu-se que quando a Siglec-8, presente na superfície dos eosinófilos, foi activada resultou na morte dessas células. Os investigadores, esperando uma resposta semelhante, testaram a teoria num novo estudo em mastócitos humanos e em tecidos que contêm estas células, contudo, estas células continuaram vivas.Posteriormente, a equipa de investigadores estendeu a experiência aos tecidos dos pulmões. As células foram então despoletadas a libertar as suas cargas, um acto que normalmente faz com que as vias áreas se constrinjam, tendo as contracções sido aproximadamente 25 por cento mais fracas, em comparação com o tecido pulmonar onde a Siglec-8 não estava activa.Todavia, ainda não é claro como a Siglec-8 inibe os mastócitos de libertar os químicos que despoletam efeitos imunes. Segundo Bochner, estes resultados podem eventualmente ser utilizados para desenvolver um fármaco com este mesmo efeito. Um fármaco deste tipo teria o duplo efeito de bloquear, ou reduzir, as reacções alérgicas ao matar os eosinófilos e ao prevenir que os mastócitos libertem as suas substâncias.Apesar de existirem fármacos que afectam ou os eosinófilos ou os mastócitos, desenvolver um único medicamento, que se direcciona a ambos os tipos de células, poderá ser mais efectivo do que as terapias existentes, e poderá também ter um risco reduzido de efeitos secundários.

Fonte:
http://www.farmacia.com.pt/index.php?name=News&file=article&sid=5315