segunda-feira, 2 de junho de 2008

Aumento de acidez nos oceanos pode prejudicar recifes de coral e ecossistemas marinhos

O aumento de acidez nos oceanos pode matar muitos recifes de coral e deixar ilhas como as Maldivas e o Kiribati mais vulneráveis a tempestades marítimas e ciclones. Com o aumento de dióxido de carbono na atmosfera, os oceanos absorvem mais gás e tornam-se mais ácidos.

Segundo o relatório, por volta de 2100 o aumento de acidez vai expandir-se para norte a partir da Antárctica. Esta acidez dificulta a produção das partes rijas de animais como a estrela-do-mar e os corais, cujo exoesqueleto é formado por carbonato de cálcio. A acidificação dos oceanos torna os corais e as algas mais fracos e as ilhas ficarão mais vulneráveis ao impacto físico das tempestades e ciclones. .O fenómeno vai ter um impacto negativo no comércio tanto a nível piscatório como a nível turístico já que todo o ecossistema que depende dos recifes vai ficar em perigo.


Quando o CO2 é absorvido pelo oceano transforma-se em ácido carbónico. Actualmente o aumento de concentração de CO2 é a maior dos últimos 650.000 anos devido à actividade humana.“O oceano é um enorme sumidouro das emissões e têm absorvido cerca de 48 por cento do CO2 emitido pela humanidade desde antes da revolução industrial”, diz o relatório.


O Oceano Antárctico é dos oceanos que mais CO2 tem absorvido. Em 2060, a concentração de iões de carbonato nas águas da Antárctica será tão baixa que a aragonite, uma das formas de carbonato de cálcio existente nas conchas dos organismos, deixará de ser produzida.Esta alteração também poderá interferir com a respiração dos peixes, o desenvolvimento larvar dos organismos marinhos e com a capacidade dos oceanos para absorverem nutrientes e toxinas. A acidificação irá ter provavelmente um efeito em cascata na cadeia alimentar, que é importante para os seres humanos. As previsões dizem que durante este século o nível do CO2 na atmosfera vai duplicar aquele que existia antes da era industrial. O oceano irá continuar a absorver parte deste CO2. Muitas espécies [marinhas] necessitaram de milénios para evoluírem e não se sabe se serão capazes de se adaptar a uma acidificação do oceano relativamente rápida, na ordem de décadas e não de milénios.

Fonte:
Público

Opinião pessoal

Este tipo de problemas é relativamente recente. Na minha opinião os principais países afectados, sobretudo os ricos, só se preocuparão com ele quando as visitas ao Hawai e á Australia comecarem a diminuir, diminuindo as receitas provenientes do turismo, mas aí já será tarde e estes ambientes marinhos tão apreciados provavelmente já não existirão, embora sejam muito resistentes.

Estudo conclui que poluente atmosférico pode causar coágulos nas veias

Um estudo feito nos EUA concluiu que a poluição no ar aumenta o risco do desenvolvimento de coágulos nas veias. Já era conhecido o risco de ataque cardíaco e de AVC associado à poluição. Mas segundo a Universidade de Harvard, a exposição a pequenas partículas químicas libertadas durante a queima de combustíveis fósseis, promove tromboses nas veias das pernas.

O estudo utilizou os dados de 2000 pessoas em Itália, da região da Lombardia. Os investigadores obtiveram uma relação forte entre as 900 pessoas que desenvolveram este problema e um tipo de componente poluidor na atmosfera.Existem vários componentes que são considerados poluidores atmosféricos: CO, NO2, SO2 , O3 e as partículas finas. A investigação debruçou-se no efeito das partículas finas com menos de 10 micrómetros que estão suspensas no ar. Os cientistas verificaram que as pessoas expostas a uma atmosfera com maior concentração de PM10 um ano antes do diagnóstico do coágulo, foram as mais propensas a desenvolverem os coágulos. Por cada 10 microgramas de aumento de pequenas partículas por metro quadrado, o risco de desenvolver os coágulos nas veias sobe 70% .

Estas partículas, quando inaladas, aumentam o nível de coagulantes e reduzem o nível de anticoagulantes do sangue, acabando por promover o desenvolvimento de coágulos. Os coágulos formados nas pernas podem viajar para os pulmões e alojarem-se lá, havendo uma probabilidade do doente ter uma embolia pulmonar e morrer.Os cientistas também descobriram que as mulheres que consomem hormonas de substituição ou contraceptivos não são vulneráveis aos PM10. Estas substâncias causam por si os mesmos efeitos que os poluentes e estes acabam por não ter um efeito acumulativo.

Fonte:
Público


Opinião pessoal

Mais uma vez parece que a poluição não é lá muito jeitosa. Não são só os óxidos de enxofre, de azoto e carbono que são mauzinhos. Existe um elevado número de poluentes que por muitas vezes não damos importância por terem baixas concentrações mas estes também são importantes. Outro ponto que gostar de realçar é o facto de os poluentes atmosféricos não prejudicarem apenas os pulmões e companhia mas também tudo o resto, e isto não sabia eu.

sábado, 31 de maio de 2008

Sétimo Selo

Novo romance de José Rodrigues dos Santos alerta para alterações climáticas e futuro do planeta.
"Acho que é um romance que vai abrir os olhos de muitas pessoas para os gigantescos problemas que nos esperam. Fala sobre o futuro imediato da humanidade, aquilo que vai acontecer ainda no nosso tempo de vida".
O livro baseia-se em "informação histórica, técnica e científica verdadeira", como faz questão de sublinhar, e começa na Antárctida, onde cientistas polares assistem a um acontecimento real: o colapso da plataforma de gelo Larson-B, um fenómeno atribuído ao efeito de estufa e documentado em numerosos estudos científicos. Por isso mesmo, o texto teve dois revisores científicos, um para a parte sobre o aquecimento global e outro para a área dos combustíveis.
Voltando ao enredo, na Antárctida, há um cientista norte-americano que é assassinado e a Interpol contacta a personagem principal, o historiador português Tomás Noronha, para ajudar a decifrar uma mensagem bíblica deixada pelo criminoso ao lado da vítima: "666", o chamado número da Besta. "É esse o ponto de partida que coloca o protagonista na pista de dois problemas muito sérios que ameaçam o nosso futuro, o aquecimento global e o fim do petróleo".
"Como vai ser daqui a dez anos? Estará a 200 ou 300 dólares o barril de petróleo? Vem aí uma recessão de proporções nunca vistas?""Temos de estar preparados para o que aí vem e só o poderemos estar se soubermos o que se passa, já que sem conhecimento do problema não há solução".
"Os cientistas estão em pânico com as alterações climática. O sul da Europa, incluindo Portugal, vai transformar-se num deserto, como de resto metade do planeta. Penso que o cidadão comum não tem noção disto, nem do impacto que isto produzirá na sua vida".
O título do filme é uma citação bíblica já usada pelo cineasta sueco Ingmar Bergman, recentemente falecido, num enigmático filme de 1957, em que um cavaleiro cruzado joga xadrez com uma personificação da morte, a quem pede tempo para reflectir sobre o sentido da vida.
"Está escrito no Apocalipse", diz Rodrigues dos Santos. "Quando Ele quebrou o sétimo selo, fez-se silêncio no céu", citou. "É nesse instante que começa o Apocalipse".
Fonte:
Público
Opinião pessoal
Embora possa parecer que estou a falar de cultura a verdade é que com essa cultura está a haver uma divulgação do problema "aquecimento global". Este escritor e jornalista é um dos mais bem sucedidos em Portugal e consegue trasnformar qualquer história numa notícia chocante fazendo-nos pensar. Espero sinseramente que leiam o livro pois além da parte do romance tem variados factos científicos de relevo e se já o leram digam o que acharam.