segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Para lá da genética - Epigenética

Uma das ilusões mais cultivadas nos anos 90 foi a de que o Projeto Genoma Humano desvendaria centenas de doenças. A simplificação escondeu o longo caminho que os cientistas têm pela frente. Ao identificar os tijolos químicos que guardam instruções sobre o funcionamento dos seres vivos, os pesquisadores produziram um marco na história da biologia. Mas o grande salto depende de mais um passo, o desenvolvimento da epigenética, a ciência que pretende esclarecer como factores ambientais (hábitos alimentares e stress, por exemplo) podem interferir no funcionamento dos genes mesmo sem produzir mutações na sequencia do DNA.Os epigeneticistas tentam entender como o estilo de vida é capaz de accionar ou silenciar genes.

O Projeto Genoma determinou o número e a localização dos genes, mas rendeu pouca informação sobre quais deles são activados nos diferentes tecidos. O alvo do novo trabalho é a chamada metilação - processo natural que ocorre na citosina. Quando essas pequenas moléculas chamadas "grupos metil" agem sobre a citosina (a letra C), o gene fica inativo.A metilação normalmente silencia genes que não são necessários para determinada célula. A ciência tem demonstrado que esse processo é fortemente influenciado pela alimentação.

Um dos investigadores trabalhou com uma linhagem de ratos dotados de informação genética que os predispunha à obesidade, ao diabetes, ao cancro e à pelagem amarelada.

Durante a gravidez, a fêmea gorda e de pêlos claros recebeu suplementos de vitamina B12, ácido fólico e betaína, nutrientes ricos em grupos metil. Eles desativaram os genes envolvidos no excesso de peso, na coloração dos pêlos e na tendencia ao diabetes e ao cancro. Os filhotes nasceram saudáveis, marrons e dentro do peso ideal.O resultado ajudou a relativizar o papel dos genes na complexa engenharia dos seres vivos.

Com o epigenioma, as propriedades antitumorais atribuídas a alguns alimentos podem ser explicadas não apenas pelos nutrientes em si, mas também pelos diferentes padrões de metilação verificados nas pessoas que os consomem. Essa linha de pesquisa abre oportunidades para a descoberta de novos medicamentos.

Fonte:

http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG61996-6014,00.html

Opinião Pessoal

Apesar deste tema ainda não ter muito a ver com o que estamos a estudar nas aulas, penso que este tema é muito importante. Como vimos nas aulas as leis de Mendel não podem ser pensadas como universais e nem podemos recorrer sempre a elas. Neste caso é importante saber que, embora a genética seja muito importante existe esta ciencia que pode explicar alteraçoes ocoridas nos genes, pois toda a gente tende a pensar que são estruturas fixas e que nunca se alteram.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Toda a verdade sobre os olhos verdes

Quando se fala em olhos verdes nunca ninguém tem a certeza do que está por detrás disso, geneticamente falando.Muitos ainda tratam erroneamente dessa característica genética como um tipo de herança mendeliana simples, cuja ocorrência é influenciada por um único par de genes associados com a produção de olhos castanhos ou azuis. Aqui está a explicação.

É verdade que a hereditariedade de diversas características é determinada por duas cópias – ou alelos – dos genes herdados de nossos pais. Esses alelos estabelecem entre si uma relação de dominância e a versão castanha para a cor dos olhos seria dominante sobre a variante para a cor azul . A dominância significaria que, se pelo menos um dos alelos para a coloração dos olhos de uma pessoa fosse castanha os seus olhos seriam castanhos. Assim, indivíduos com olhos castanhos poderiam ser ou BB ou Bb(B-castanho;b-azul) , enquanto aqueles que têm olhos azuis seriam obrigatoriamente bb.

No entanto,a cor dos olhos é um tipo de variação contínua controlada por genes denominados modificadores, pois os alelos de vários genes influem na coloração final dos olhos. Isso ocorre por meio da produção de proteínas que dirigem a proporção de melanina depositada na íris.

O primeiro dos genes envolvidos com a coloração da íris, conhecido como EYCL3 (castanho) possui dois alelos: um castanho e outro azul. Cada um deles gera respectivamente uma coloração castanha ou azul na íris de seus portadores.

Porém, a coloração dos olhos de uma pessoa não é definida de forma tão simples assim: outros dois genes, conhecidos como EYCL1 e EYCL2, estão também envolvidos no processo. Embora a biologia dos genes EYCL1 e EYCL3 seja bem conhecida, a função do EYCL2 ainda é muito pouco compreendida. Sabemos contudo que existem outros genes, além do trio EYCL1, 2 e 3 , que controlam a deposição de lipofuscina (lipocromo) na íris, determinando, assim, a presença de cores âmbar, verde e violeta nos olhos.

Sabe-se que pessoas de olhos verdes possuem um alelo verde em EYCL1 associado com alelos azuis nesse gene e em EYCL3 .

Fonte:
http://ich.unito.com.br/68074

Nota pessoal

É importante saber-mos que ocorrem várias relacções de dominância entre genes e que as leis de Mendel foram muito importantes para o desenvolvimento da genética. Contudo não nos podemos cingir por elas pois em alguns casos como este elas não se verificam

Mendel e es leis da hereditariedade

Este vídeo tem como função informar quem o visionar, não tanto sobre o que ele descobriu, mais mais sobre o modo como ele chegou lá e se tornou o pai da genética.
Vamos ver a importância das ervilhas, mas sobretudo o tempo e o trabalho que ele levou a desenvolver as suas leis.

Espero que o video seja útil