Um estudo pioneiro realizado em Portugal concluiu que a resposta alérgica do organismo humano é idêntica perante os alimentos modificados geneticamente e os convencionais, e que praticamente todos os portugueses já consumiram substâncias transgénicas. O estudo analisou a reacção alérgica de 134 indivíduos, sobretudo crianças, ao consumo de quatro tipos de milho e uma soja geneticamente modificadas. Estes cinco alimentos possuem três características geneticamente introduzidas: a resistência a insectos e a dois herbicidas diferentes. Recolheu-se em vários hipermercados os nomes de muitos dos produtos que contêm milho ou soja e questionou depois 106 pessoas, essencialmente crianças, sobre se já os haviam consumido alguma vez. Os dados obtidos neste inquérito foram depois cruzados com informação fornecida pelo Instituto de Biologia Experimental e Tecnológica (IBET), que analisa periodicamente a presença de transgénicos nos alimentos comercializados em Portugal. O cruzamento estatístico da percentagem de transgénicos presente nos alimentos com milho e soja fornecida pelo IBET (e não identificados comercialmente) e das respostas ao inquérito levaram à conclusão que quase 100 por cento das pessoas já comeu transgénicos, pelo que podia avançar com o resto do estudo. A fase seguinte da investigação foi obter amostras biológicas dos quatro tipos de milho e da soja a analisar, o que não se revelou tarefa fácil. Igualmente complicado, salientou a investigadora, foi conseguir uma empresa que transformasse esse material biológico em extractos proteicos que pudessem ser utilizados nos ensaios de avaliação do grau alérgico, e obter amostras das proteínas transgénicas puras e dos respectivos anticorpos, para funcionarem como comparadores.Os extractos proteicos foram testados por via cutânea em 77 pessoas, entre crianças com alergia respiratória e alimentar (incluindo a alergia à soja e milho convencionais) e indivíduos com asma e rinite. Simultaneamente,analisou-se a resposta de 57 pacientes com historial de alergias alimentares aos alimentos convencionais, aos transgénicos e às proteínas transgénicas puras. Os resultados obtidos revelaram que a resposta alérgica dos indivíduos testados foi idêntica quer aos alimentos transgénicos quer aos convencionais. Ou seja, quem já possuía alergia ao milho ou à soja convencional manteve-a, no mesmo grau, relativamente às substâncias transgénicas, enquanto quem não a possuía, não a desenvolveu. Estes dados levam o estudo a concluir que as amostras de milho e soja testadas são seguras no seu potencial alergénico.
Fonte:
Opinião pessoal
Tal como já imaginava através do meu estudo sobre transgénicos para AP estes são até ver inofensivos para quem os consome. Os trangénicos são muito mais estudados antes de serem lançados no mercado que os produtos tradicionais, por isso, e com limitações eu digo sim aos transgénicos.

A vacinação de reforço para doenças como o tétano, o sarampo ou a papeira pode estar a ser administrada desnecessariamente. A questão surge com a divulgação dos resultados de um estudo que detectou níveis elevados de anticorpos presentes no sangue dos pacientes que receberam a vacinação há anos, sugerindo que as actuais recomendações sobre a vacinação de reforço devem ser revistas.De acordo com o estudo a persistência dos anticorpos pode ser um indicativo de que as actuais recomendações sobre a frequência com que devem ser administradas as doses de reforço deveriam ser reanalisadas, visto que a protecção pode durar para toda a vida. A vacina do tétano, por exemplo, poderia ser administrada a cada 30 anos, em vez de o ser a cada 10 anos, como acontece actualmente. “Se continuarmos a melhorar as nossas vacinas, um dia poderemos vir a conseguir fornecer imunidade para toda a vida através de uma só vacina”, afirmou o mesmo responsável.Apesar do estudo ser uma boa ajuda as conclusões não são tão definitivas quanto parecem. Os autores do estudo analisaram 630 amostras de sangue de 45 pacientes. Em cada amostra foi analisada a taxa de decadência em anticorpos de vacinas para o sarampo, papeira, rubéola, varicela, vírus de Epstein-Barr e vírus do herpes causador da mononucleose.