sábado, 31 de maio de 2008

Sétimo Selo

Novo romance de José Rodrigues dos Santos alerta para alterações climáticas e futuro do planeta.
"Acho que é um romance que vai abrir os olhos de muitas pessoas para os gigantescos problemas que nos esperam. Fala sobre o futuro imediato da humanidade, aquilo que vai acontecer ainda no nosso tempo de vida".
O livro baseia-se em "informação histórica, técnica e científica verdadeira", como faz questão de sublinhar, e começa na Antárctida, onde cientistas polares assistem a um acontecimento real: o colapso da plataforma de gelo Larson-B, um fenómeno atribuído ao efeito de estufa e documentado em numerosos estudos científicos. Por isso mesmo, o texto teve dois revisores científicos, um para a parte sobre o aquecimento global e outro para a área dos combustíveis.
Voltando ao enredo, na Antárctida, há um cientista norte-americano que é assassinado e a Interpol contacta a personagem principal, o historiador português Tomás Noronha, para ajudar a decifrar uma mensagem bíblica deixada pelo criminoso ao lado da vítima: "666", o chamado número da Besta. "É esse o ponto de partida que coloca o protagonista na pista de dois problemas muito sérios que ameaçam o nosso futuro, o aquecimento global e o fim do petróleo".
"Como vai ser daqui a dez anos? Estará a 200 ou 300 dólares o barril de petróleo? Vem aí uma recessão de proporções nunca vistas?""Temos de estar preparados para o que aí vem e só o poderemos estar se soubermos o que se passa, já que sem conhecimento do problema não há solução".
"Os cientistas estão em pânico com as alterações climática. O sul da Europa, incluindo Portugal, vai transformar-se num deserto, como de resto metade do planeta. Penso que o cidadão comum não tem noção disto, nem do impacto que isto produzirá na sua vida".
O título do filme é uma citação bíblica já usada pelo cineasta sueco Ingmar Bergman, recentemente falecido, num enigmático filme de 1957, em que um cavaleiro cruzado joga xadrez com uma personificação da morte, a quem pede tempo para reflectir sobre o sentido da vida.
"Está escrito no Apocalipse", diz Rodrigues dos Santos. "Quando Ele quebrou o sétimo selo, fez-se silêncio no céu", citou. "É nesse instante que começa o Apocalipse".
Fonte:
Público
Opinião pessoal
Embora possa parecer que estou a falar de cultura a verdade é que com essa cultura está a haver uma divulgação do problema "aquecimento global". Este escritor e jornalista é um dos mais bem sucedidos em Portugal e consegue trasnformar qualquer história numa notícia chocante fazendo-nos pensar. Espero sinseramente que leiam o livro pois além da parte do romance tem variados factos científicos de relevo e se já o leram digam o que acharam.

Crianças expostas a chumbo podem ser adultos mais violentos

Cientistas norte-americanos concluíram que as crianças expostas a grandes quantidades de chumbo podem ser adultos mais violentos. O estudo foi publicado na página online da revista "Plos Medicine" e é o resultado de uma investigação com quase 30 anos.

A investigação foi feita no estado do Ohio em bairros pobres da cidade de Cincinnati. Escolheram-se estes bairros porque tinham casas antigas com concentrações altas de chumbo. Entre 1979 e 1984 foram feitas análises de sangue a mais de três centenas de recém-nascidos para medir a concentração do metal. As crianças foram seguidas até aos seis anos e meio, com análises regulares. Depois de atingirem os 18 anos obtiveram-se os registos de detenção de 250 indivíduos.

O aumento dos níveis de chumbo no sangue antes do nascimento e durante a pequena infância estão associados a mais processos judiciais e crimes violentos. Cerca de 55 por cento dos 250 indivíduos estiveram presos. Por cada cinco microlitros por decilitro de chumbo a mais no sangue, durante a infância, a probabilidade dos indivíduos serem detidos por actos de violência aumenta em 50 por cento. Sabe-se que o chumbo é um metal tóxico que tem um impacto no sistema nervoso durante o desenvolvimento das pessoas. A diminuição do coeficiente de inteligência, uma menor tolerância à frustração, um défice na atenção e hiperactividade são alguns dos efeitos da substância.

Fonte:
Público

Opinião pessoal


Tal como já mostrei numa anterior publicação as crianças que crescem em ambientes mais poluidos são "piores" do que as outras, apenas não sabia porquê. Estas crianças são expostas a produtos que prejudicam o seu desenvolvimento e em certa parte podemos considerar isto como pequenos, mas muitos desastres químicos se atendermos ao número de bairros de lata e bairros sociais degradados que existem.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Poluição automóvel torna crianças menos inteligentes

As crianças que estão mais expostas ao fumo negro (fuligem) emitido pelos escapes dos automóveis conseguem piores resultados em testes de inteligência, de acordo com um estudo da Universidade de Harvard.

O estudo analisou 202 crianças da área de Boston, Massachusetts, com uma idade média de 9,7 anos.Os investigadores da Universidade de Harvard descobriram que o Quociente de Inteligência (QI) das crianças que viviam em zonas com maior prevalência de poluição automóvel é três pontos inferior ao das que habitam em locais onde estão menos sujeitas aos fumos de escape.No âmbito do estudo os cientistas tiverem em conta factores como o nível de chumbo no sangue e o peso registado à nascença, entre outros. No entanto, em todos os casos dentro dos resultados, eles encontraram menores níveis de inteligência e memória nas crianças mais expostas à poluição automóvel, especificamente ao carbono negro expelido pelos tubos de escape dos automóveis.

O carbono negro é um tipo de carbono que é produzido, em forma de fuligem, pela combustão incompleta de combustíveis fósseis.Níveis mais altos de carbono negro previram um decréscimo da função cognitiva nas avaliações de inteligência verbal e não-verbal e construções de memória.Os resultados alcançados por este grupo de investigadores sugerem que a fuligem é tão prejudicial como o chumbo e outras substâncias tóxicas que prejudicam a aprendizagem ao danificarem as funções cerebrais

Fonte:
http://ciberia.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=id.stories/8392