quarta-feira, 30 de abril de 2008

Compreensão dos transgénicos

O pouco conhecimento sobre os mecanismos de controlo de fluxo génico é um dos maiores entraves atuais para o cultivo de plantas transgénicas no mundo. Um trabalho desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro e a Universidade de Pasadena, EUA, baseado em conhecimentos de genética molecular, permite compreender melhor o processo de reprodução vegetal e, consequentemente, o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico. Por isso, pode ser determinante para a resolução desse problema, que é ainda mais preocupante em países com alta biodiversidade vegetal.

O conhecimento adquirido pela utilização da genética molecular em combinação de modelos experimentais em biologia vegetal nos últimos 15 anos vem permitindo um grande avanço no conhecimento dos mecanismos envolvidos da reprodução vegetal.

Dois resultados dos estudos de Arabidopsis, como organismo modelo, merecem destaque: a indução da floração e a formação da flor. Para indução da floração é necessária uma complexa cadeia de sinais que envolvem qualidade da luz, foto-período, estudos de hormonas e da semente, entre outros factores. Muitos dos genes envolvidos nestas etapas já foram caracterizados e, nos últimos anos, começaram a ser utilizados em biotecnologia vegetal para obtenção de plantas com redução da fase juvenil. Um bom exemplo foi a obtenção de citros com o tempo de floração adiantado em três anos pela super-expressão de genes de Arabidopsis.

A floração adiantada é uma característica agronómica de grande valia em estratégias de melhoramento tradicional. Esses exemplos ilustram a forte ligação entre o conhecimento adquirido a partir de um organismo modelo e a obtenção de um produto tecnológico. Além dos aspectos relacionados diretamente à produção, o melhor entendimento da reprodução vegetal é fundamental para o desenvolvimento de mecanismos de controlo do fluxo génico.

Actualmente o fluxo génico é considerado um dos principias problemas na adopção dos cultivos de plantas transgênicas em todo mundo. O grupo da UFRJ, em colaboração com a Universidade de Pasadena vem estudando de maneira sistemática a expressão génica em órgãos florais com o objetivo de entender como os genes reguladores da identidade dos orgãos florais actuam para a formação das diversas partes da flor (sépalas, pétalas, estames, carpelos). Os estudos vêm contribuindo de forma significativa para a melhor compreensão dos eventos moleculares que são responsáveis pelo desenvolvimento reprodutivo de vegetais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000236.php

Opinião pessoal

Embora esta descoberta poder ser importante no desenvolvimento de culturas biológicas, ele não responde ás questões fundamentais dos OGM que tem a ver com om impacto na Natureza.

Nova espécie de insecto pode contribuir para controlo de pragas

Uma nova espécie de insecto,chamado Ungla ivancruzi, que é capaz de contribuir para o controlo biológico de pragas em diversas culturas agrícolas foi identificada.A identificação deste novo inimigo natural de pragas é um exemplo que reforça o quanto as pesquisas na área de controle biológico ainda devem avançar.

Pertencente à família dos crisopídeos, principais agentes de controle biológico de pulgões, a Ungla ivancruzi tem uma diferença em relação aos outros inimigos naturais: em cada postura são depositados de 20 a 30 ovos. Já a postura de outros crisopídeos é de apenas um ovo.
A Ungla ivancruzi é predadora de pulgões, ácaros, pequenos artrópodes, da lagarta-do-cartucho, principal praga que ataca a cultura do milho, e da broca-da-cana, a Diatraea saccharalis, que vem sendo apontada como séria ameaça à mesma cultura. A nova espécie consome mais de 200 pulgões por dia. Este agente de controlo biológico pode ser aplicado em diversas culturas, como em milho, tomate, couve. Logo após a liberação do insecto, feita nas fases adulta, larval ou de ovos, o controle dos inimigos naturais já começa a ser feito. A Ungla ivancruzi tem um grande potencial para se tornar realidade na agricultura, já que pode ser criada e multiplicada em laboratórios usando tecnologias já conhecidas.

A prática do uso de agentes de controle biológico na agricultura, ainda pouco disseminada, esbarra no desconhecimento de muitos produtores que optam pelo uso indiscriminado de produtos químicos, que dão um resultado imediato, mas paliativo. Muitos agricultores, por desconhecimento, buscam métodos imediatos no controlo de pragas. No entanto, na natureza, há mais inimigos naturais do que pragas e os inseticidas têm dizimado muitos inimigos naturais. Hoje, com as pesquisas mostrando os pontos negativos do uso indiscriminado de produtos químicos, como a ocorrência de novas pragas ou a resistência das já existentes aos inseticidas, devemos oferecer condições para que os inimigos naturais se multipliquem. A tendência já é seguida por diversos grupos de agricultores.

Um exemplo é o grupo Reijers de produção de flores no Brasil. O grupo, além de desenvolver novas culturas de rosas, exporta parte da produção para a Europa e fazia até há dois anos o controle químico de pragas nas lavouras.
"Notamos que com o controlo químico as infestações de novas pragas estava a aumentar. Decidimos, então, a fazer o controle seletivo das pragas mais severas e apostamos no controle biológico dos ácaros", descreve o engenheiro ambiental e coordenador da Reijers. Além do ataque do ácaro nas plantações de rosas, a infestação de mosca-branca era constante. Numa área de 16 hectares, o coordenador diz que conseguiu uma eficiência no controle de até 85% desta praga usando crisopídeos. Depois da libertação dos agentes de controle biológico nas lavouras, a própria infestação de pragas diminuiu muito, já que se permite a multiplicação de novos inimigos naturais.

Fonte:
http://www.biotecnologias.com.br/archives/00000235.php

Opinião pessoal

Finalmente está-se a redescobrir que os métodos de controlo de pragas utilizados no passado podem ser mais eficazes do que eu se pensava. Isto é muito importante pois mostra que há alternativas quer a pesticidas quer aos transgénicos que produzem esses mesmos pesticidas. Tudo isto é um grande passo para a agricultura biológica que se está a afirmar como uma grande alternativa.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Futuro da indústria alimentar

A indústria de alimentos no século XXI deve tornar realidade a ficção científica, onde astronautas se alimentam de pastas de nutrientes concentrados. A tendência é agregar valores funcionais aos produtos, buscando a segurança alimentar e a melhoria de nutrientes e do funcionamento do organismo humano.

São considerados alimentos funcionais aqueles que possuem aparência similar aos comuns, mas que agregam benefícios, reduzem riscos no consumo ou trazem aspectos medicinais. A evolução da ciência e tecnologia dos alimentos atende a um leque de interesses: dos consumidores, indústria, cientistas, etc.
Entre os exemplos mais evidentes deste avanço da tecnologia e de mudanças nos hábitos de consumo em direção aos alimentos funcionais, estão as fibras que agem como reguladoras do intestino; a proteína de soja, que reduz o colesterol e o risco de infarte; o Omega 3, que previne cancros do cólon e próstata, reumatismo e diabetes; margarinas com óleos polinsaturados, que desentopem as artérias.

A aceitação do consumidor, cada vez mais exigente, depende da comprovação da eficácia e de garantia pelas agências reguladoras. Pesam a favor dos alimentos funcionais o consenso quanto à eficácia, a aprovação dos órgãos oficiais e o interesse público por uma alimentação. Contra essa tendência temos a expectativa frustrada por resultados milagrosos, a falta de um sistema regulador mais eficiente e a economia global recessiva, que exclui muitos países do acesso aos bens de consumo.

Revolução

Existe uma revolução silenciosa nos processos que as indústrias estão a preparar. Muitas vezes os pesquisadores preocupam-se em mostrar o aspecto cientifico do que fazem e deixam de pontuar a relação do trabalho deles com a sua aplicação na indústria de alimentos. Ao lado de tecnologias e equipamentos cada vez mais precisos, há uma grande preocupação da população com os alimentos que ingere e com os benefícios à saúde que esses produtos realmente proporcionam. A preocupação do consumidor, segundo a professora, se estende à ecologia. “Hoje é impossível a indústria manter processos danosos ao meio ambiente”.

As tecnologias estão a avançar de forma acelerada, com acções cada vez mais específicas, que em geral as reações químicas não trazem por causa da sua especificidade. A indústria alimentar está a aprender com a indústria farmaceutica, que é pioneira no processo de biotransformação. Resta agora saber como os processos específicos e com menos efeito colateral acontecem.

Desperdício

A indústria estrangeira transforma material extraído do bagaço de frutas cítricas em aromas de alto valor agregado, convertido por microorganismos. A indústria química alemã importava do Brasil toda a casca da laranja de onde se extraiu o suco, por preços irrisórios, praticamente residuais. Existe uma biodiversidade enorme de microorganismos que podem ser utilizados e devemos pesquisá-los.

Antibióticos

Também podem ser alvos da biotransformação as ciclodestrinas extraídas do amido, utilizadas em antibióticos de última geração, de extrema simplicidade de obtenção e cujo tipo de molécula é interessante para a indústria em várias aplicações. Alguns destes antibióticos produzem substâncias destinadas a pessoas com intolerância a lactose. Esta conversão pode ser feita no caminho inverso, usando-se a mesma enzima lactase para formar lactose da galactose, que por sua vez é muito importante para crianças com deficiência de cálcio.

Fonte:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dez2001/unihoje_ju169pag02.html

Opinião pessoal

Embora se possa pensar no futuro da industria alimentar, a verdade é que hoje em dia muitas das coisas que ainda pensammos que irão ser descobertas já o foram. Outro aspecto que eu penso ser curioso acerca da indústria alimentar é o facto de este ir permitir que numa menor quantidade de alimento obtenhamos todos os nutrientes necessários á sobrevivênciae assim haja maior quantidade de animais selvagens devido a não serem necessários tantos para consumo.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Alergias- ainda da matéria anterior

As reações alérgicas ocorrem em cerca de 20% da população mundial e são devido a uma predisposição genética pré determinada e chamada de predisposição atópica, ou seja, estas pessoas têm uma tendência a reagir de uma maneira muito mais intensa,chamada de hiperreação à determinadas substâncias que invadem ou penetram no organismo e que são estranhas a ele. Estas substâncias podem penetrar por via oral,respiratória ou injetável e provocam um estímulo do sistema imunitário que reage fabricando uma imunoglobulina chamada IgE, capaz de se ligar a substância invasora mas também capaz de se ligar a células do organismo chamadas de mastócitos ou basófilos.

Fonte:

http://www.saudeemmovimento.com.br/conteudos/conteudo_exibe1.asp?cod_noticia=584

Opinião pessoal

Podem pensar que este tema já nada tem a ver com a matéria que estamos a dar nas aulas, mas eu teimei numa coisa e tinha que ver se estava certo. Eu penso que a percentagem de pessoas alergica a algo é superior aos 15-20 % referidos na maioria dos sites. Cada vez há mais pessoas a sofrer de alergias e consoante o pequeno estudo realizado por mim no inquérito presente no blog, muito mais que 15% de pessoas sofrem de alergias, 50% dos inquiridos. A minha curiosidade ficou satisfeita e quero agradecer a todos os que me ajudaram através da perticipação no inquérito.

Descoberta altera indústria alimentar

A identificação de uma nova bactéria "devoradora" de colesterol pode ter implicações na indústria alimentar, que tem apostado na criação de produtos probióticos para diminuir a absorção desta gordura pelo organismo .O médico Pedro Marques da Silva comentava assim os benefícios da identificação por investigadores franceses da denominada 'Bacteroides dorei Strain D8', que poderá vir a ser utilizada para diminuir o colesterol elevado em doentes de risco.

Algumas das bactérias que apresentam estas propriedades já tinham sido identificadas no rato, no porco e no babuíno, mas, até agora, nenhum laboratório tinha conseguido isolar no Homem bactérias responsáveis pela transformação do colesterol em coprostanol, eliminado naturalmente.

O papel desempenhado pela flora intestinal humana nesta transformação era conhecido desde os anos 30 do século passado, mas desconhecia-se qual era a bactéria, entre as 100 mil milhões presentes num grama de matéria contida no cólon, que era responsável pela transformação.

Os probióticos são constituídos por microorganismos vivos que visam melhorar a digestão e eliminar bactérias que provoquem doenças. O colesterol é uma gordura ingerida através de alimentos ou forma-se no corpo, principalmente no fígado.Se circularem no sangue valores anormais de gorduras, especialmente do "mau" colesterol aumenta o risco de arteriosclerose e doenças das artérias coronárias ou carótidas e consequentemente a possibilidade de ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais.

Fonte:

http://www.tvnet.pt/noticias/detalhes.php?id=22841

Opinião pessoal


O facto de colocarem substâncias nos alimentos que comemos causa-me alguma estranheza, mas se isso é para nosso bem não tenho nada a dizer. De facto, estes produtos que são relativamente baratos podem evitar muitas doenças muito mais graves.

2ª aula pratica

Nesta aula tivemos novamente uma actividade que está relaccionada com o dia-a-dia e com os alimentos que comemos e confeccionamos muitas vezes sem termos ideia de todos os processos que envolvem . Hoje estivemos a fazer pão, o alimento base de todo o planeta e por isso mesmo, nem que não tivesse nada a ver com biologia é importante sabermos fazê-lo.

Opinião pessoal

Estas aulas prácticas têm sido muito divertidas e interessantes, assim nem custa ir para as aulas. O conhecimento adquirido, como tem uma maior aplicabilidade, é mais facilmente assimilado, e como trabalhamos com produtos mais conhecidos e cujas propriedades também são mais conhecidas, os relatórios fazem-se com mais facilidade.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

1ª aula pratica

Neste inicio do periodo comecamos as aulas practicas com a criação de pickles. Várias frutas e vários vegetais foram cortados e colocados juntamente com sal numa garrafa de Coca-Cola cortada a meio e depois fizemos pressão. Depois disto medimos o ph do sumo dos pickles e começámos a fazer o relatório. Antes do fim da aula ainda foram escolhidos os temas para a realização dos trabalhos a serem entregues no próximo mês.

Opinião pessoal

Este periodo começou muito bem, com materia nova e um conjunto de informações que têm muita utilidade no dia-a-dia, até para aqueles que não vão seguir uma carreira universitária. A aula práctica passada a fazer pickles agradou-me muito sobretudo porque a parte da biologia que estudámos se relacionava com outro assunto para além da medicina, as aplicações industriais da biologia, que pode ter a ver com o curso que alguns de nós seguiremos.