A indústria de alimentos no século XXI deve tornar realidade a ficção científica, onde astronautas se alimentam de pastas de nutrientes concentrados. A tendência é agregar valores funcionais aos produtos, buscando a segurança alimentar e a melhoria de nutrientes e do funcionamento do organismo humano.
São considerados alimentos funcionais aqueles que possuem aparência similar aos comuns, mas que agregam benefícios, reduzem riscos no consumo ou trazem aspectos medicinais. A evolução da ciência e tecnologia dos alimentos atende a um leque de interesses: dos consumidores, indústria, cientistas, etc.
Entre os exemplos mais evidentes deste avanço da tecnologia e de mudanças nos hábitos de consumo em direção aos alimentos funcionais, estão as fibras que agem como reguladoras do intestino; a proteína de soja, que reduz o colesterol e o risco de infarte; o Omega 3, que previne cancros do cólon e próstata, reumatismo e diabetes; margarinas com óleos polinsaturados, que desentopem as artérias.
A aceitação do consumidor, cada vez mais exigente, depende da comprovação da eficácia e de garantia pelas agências reguladoras. Pesam a favor dos alimentos funcionais o consenso quanto à eficácia, a aprovação dos órgãos oficiais e o interesse público por uma alimentação. Contra essa tendência temos a expectativa frustrada por resultados milagrosos, a falta de um sistema regulador mais eficiente e a economia global recessiva, que exclui muitos países do acesso aos bens de consumo.
Revolução
Existe uma revolução silenciosa nos processos que as indústrias estão a preparar. Muitas vezes os pesquisadores preocupam-se em mostrar o aspecto cientifico do que fazem e deixam de pontuar a relação do trabalho deles com a sua aplicação na indústria de alimentos. Ao lado de tecnologias e equipamentos cada vez mais precisos, há uma grande preocupação da população com os alimentos que ingere e com os benefícios à saúde que esses produtos realmente proporcionam. A preocupação do consumidor, segundo a professora, se estende à ecologia. “Hoje é impossível a indústria manter processos danosos ao meio ambiente”.
As tecnologias estão a avançar de forma acelerada, com acções cada vez mais específicas, que em geral as reações químicas não trazem por causa da sua especificidade. A indústria alimentar está a aprender com a indústria farmaceutica, que é pioneira no processo de biotransformação. Resta agora saber como os processos específicos e com menos efeito colateral acontecem.
Desperdício
A indústria estrangeira transforma material extraído do bagaço de frutas cítricas em aromas de alto valor agregado, convertido por microorganismos. A indústria química alemã importava do Brasil toda a casca da laranja de onde se extraiu o suco, por preços irrisórios, praticamente residuais. Existe uma biodiversidade enorme de microorganismos que podem ser utilizados e devemos pesquisá-los.
Antibióticos
Também podem ser alvos da biotransformação as ciclodestrinas extraídas do amido, utilizadas em antibióticos de última geração, de extrema simplicidade de obtenção e cujo tipo de molécula é interessante para a indústria em várias aplicações. Alguns destes antibióticos produzem substâncias destinadas a pessoas com intolerância a lactose. Esta conversão pode ser feita no caminho inverso, usando-se a mesma enzima lactase para formar lactose da galactose, que por sua vez é muito importante para crianças com deficiência de cálcio.
Fonte:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/dez2001/unihoje_ju169pag02.html
Opinião pessoal
Embora se possa pensar no futuro da industria alimentar, a verdade é que hoje em dia muitas das coisas que ainda pensammos que irão ser descobertas já o foram. Outro aspecto que eu penso ser curioso acerca da indústria alimentar é o facto de este ir permitir que numa menor quantidade de alimento obtenhamos todos os nutrientes necessários á sobrevivênciae assim haja maior quantidade de animais selvagens devido a não serem necessários tantos para consumo.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
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